quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Organização afirma que 2011 foi o ano de La Niña mais quente

Organização Meteorológica Mundial divulga estudo que mostra que 2011 está entre os dez anos mais quentes já registrados

iG São Paulo 29/11/2011 12:29

Foto: Reuters
Subsecretário-geral da OMM, Jeremiah Lengoasa, apresenta dados do relatório durante COP-17, em Durban
A temperatura global em 2011 foi a mais alta da história em anos de la Niña, que geralmente sofrem influência de resfriamento. O ano também está entre os dez com maior temperatura desde que as medições começaram a ser realizadas em 1850. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (29) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), na 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP17) na cidade sul-africana de Durban.
"Nossos dados científicos são sólidos, demonstram que o mundo está se aquecendo e que este aumento de temperatura é atribuído às atividades humanas", afirmou em comunicado o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
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De acordo com o cálculo provisório da organização, durante 2011 (entre janeiro e outubro) a temperatura do ar na superfície da Terra e do mar se situou em 0,41 graus centígrados acima da média anual do período entre 1961 e 1990.
"Este é o 10º ano mais quente desde que começaram os registros em 1850", ressalta o documento. Além disso, o período 2002-2011 se iguala ao 2001-2010 como a década mais quente registrada até o momento, com 0,46 graus centígrados de aumento de temperatura.
Veja os infográficos:
Como acontece o aquecimento global
Quem são os maiores emissores


Baseado nestes números, o subsecretário-geral da OMM, Jeremiah Lengoasa, disse durante a apresentação do relatório que "a mudança climática é real" e que "as temperaturas continuarão subindo". Já Jarraud destacou que "a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera alcançou novos máximos".
"Essa concentração está se aproximando muito rapidamente de níveis que poderiam refletir um aumento de 2 a 2,4 graus centígrados na temperatura média mundial, o que de acordo com os cientistas, poderia desencadear mudanças irreversíveis e de amplo alcance em nosso planeta, assim como em nossa biosfera e oceanos", acrescentou.
A versão final do texto, referente aos primeiros dez meses de 2011, será publicada em março, uma vez seja conhecida a evolução da temperatura em novembro e dezembro deste ano.
O relatório da Organização Meteorológica Mundial se baseia em dados procedentes de estações de estudo do clima, navios, boias e satélites.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Opções de negócios para montar em casa

Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem

Por Wagner Roque - Fonde: globo.com
Foto: Shutterstock
Muita gente que decide montar o próprio negócio prefere fazê-lo em casa, ao menos no começo, para diminuir os riscos da empreitada. Entre outras vantagens, trabalhar por conta própria em casa permite um certo conforto e economia de tempo e de dinheiro. Mas atenção: você precisará ter muita disciplina para que isso não comprometa a sua produtividade. É fundamental delimitar o espaço físico entre a casa e o trabalho e tomar cuidado para que não haja interferência da família no dia-a-dia do negócio. Procure respeitar os horários. Nada de parar no meio do expediente para um cochilo ou para asssitir à TV. Você também não deve estar 24 horas por dia à disposição dos clientes. Lembre-se de que suas horas de descanso e de dedicação à família também devem ser sagradas tanto quanto possível.

Até pouco tempo atrás, trabalhar em casa era algo restrito a atividades como costura, produção de comida congelada e artesanato. Com o tempo, a lista foi crescendo e hoje inclui também atividades descoladas, comopromoção de eventos, aluguel de som e luz para festas, agência de turismo, escritório de design para sites, criação de jogos para celulares e produção de incensos, velas e aromas. Se você se interessou por alguma dessas atividades, confira a seguir algumas dicas de empresários que atuam nesses ramos para você se dar bem. 

Com menos de R$ 1 mil dá para começar a trabalhar no seu home office

Por Lorena Vicini
 Shutterstock
Tradução técnica
Com o grande número de multinacionais que o Brasil sedia, é considerável também o volume de material a ser traduzido pelas suas filiais. Assim, a tradução técnica, como é chamada quando especializada em algum segmento, ganha volume e requer colaboradores qualificados.
Formada em letras, depois de trabalhar por algum tempo em um escritório de tradução em São Paulo, a tradutora Chrystal Caratta percebeu que poderia tranquilamente transferir todo o serviço para o esquema home office. “Como todo o fluxo do trabalho funcionava on-line, eu precisava cada vez menos ir ao escritório”, conta. Chrystal presta serviço para agências de tradução, que normalmente fazem o primeiro contato com o cliente e usam o serviço de profissionais autônomos para absorver o grande fluxo de trabalho.
Para atuar na área da tradução, ao contrário do que costuma se pensar, não basta conhecer bem outro idioma: é necessário também ter domínio sobre do português. Chrystal reforça a importância de uma cultura geral bem ampla para ser um bom tradutor. “É preciso se informar diariamente sobre os mais diversos assuntos, porque nunca se sabe o tipo de material que vai cair na sua mão para ser traduzido. Quanto maior familiaridade com o jargão de várias áreas o profissional tiver, melhor vai ser o resultado do seu trabalho”, diz.
Além disso, são necessários bons dicionários bilíngues, monolíngues e de língua portuguesa. É imprescindível ainda o domínio de programas de tradução, que agilizam e profissionalizam a atividade. As agências costumam oferecer descontos nas licenças desses programas para seus tradutores colaboradores. Chrystal conta ainda que as agências esperam autonomia e independência do tradutor: após o envio do material, o profissional deve desenvolver o projeto por si, sem ficar ligando para tirar dúvidas ou pedir opinião.
Negócio Tradução de material técnico
Investimento inicial R$ 3.000 (licença do programa de tradução, dicionários e montagem de um mini-escritório)
Faturamento médio mensal R$ 5.000
Média mensal de vendas 90.000 palavras
Preço médio de venda R$ 0,10 a palavra

A participação da mulher no mercado de trabalho como fato consolidado e, com isso, um incremento na sua renda, faz com que os negócios voltados para o público feminino configurem um nicho bastante promissor. Entre eles, a confecção de bijuterias. Com uma diversidade de apetrechos, materiais e preços, a atividade conquista empreendedores que veem no negócio uma chance de obter uma boa renda trabalhando de casa.
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Confecção de bijuterias 
A artista plástica Camila Rahal, embora seja daquelas que nunca pensou em trabalhar em empresa, começou no ramo por acaso. Quando ficou grávida e se viu obrigada a trancar provisoriamente a faculdade, para não enlouquecer com tanto tempo livre em casa fazia bijuterias para si mesma, sem a pretensão de vendê-las. Mas bastou as amigas verem as peças para que os pedidos começassem, logo gerando uma rede de clientes. Frente às crescentes encomendas, a artista viu ali uma oportunidade de negócios realista com a sua futura condição de mãe e passou a investir na ideia. “Fazia peças, tirava fotos e enviava para as conhecidas por e-mail. Hoje com as redes sociais, ficou ainda mais fácil atualizar as clientes das minhas criações”, diz. A internet se mostra uma grande aliada nesse segmento já que, além da propaganda on-line gratuita (por blogs, fotologs e redes sociais), é possível se cadastrar em sites de vendas especializados em artesanato, como o Elo7.
Há seis anos no ramo, Camila ressalta a importância da participação em feiras. “Dá visibilidade e aumenta a clientela, que às vezes não pode comprar naquela hora, mas entra em contato depois”, comenta. Para esses eventos, ela ressalta que possuir uma máquina de cartão de crédito e débito é imprescindível. Outra frente de negócio, além das feiras e da internet, são as lojas que compram as peças dos artesãos e as revendem.
A artista lembra ainda de órgãos do governo que têm como objetivo auxiliar os artesãos, a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (SUTACO), que oferece vantagens em impostos e crédito na compra de material.
Negócio Confecção de bijuterias
Investimento inicial R$ 800 (ferramentas, peças para a montagem das bijuterias, cola, expositores, espelho e montagem de uma mini-oficina)
Faturamento médio mensal R$ 800
Média mensal de vendas 15 peças
Preço médio de venda R$ 65

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Consultoria de imagem
Em tempos de “imagem é tudo”, a roupa que se veste e a maneira como se porta passam a contar de maneira decisiva em todas as esferas da vida. Com esse novo espírito em vigor, uma profissão antes operada de maneira informal - pela opinião dos amigos - ganha espaço e legitimação no mercado: a consultora de imagem.
Mara Push, que é psicóloga de formação, conta que decidiu se dedicar à consultoria de imagem depois do nascimento dos filhos. “De alguma maneira, não se deixa de ser psicóloga como consultora de imagem, já que é necessário ouvir as pessoas, gostar de se relacionar e entender o que elas querem quando contratam esse serviço”, diz.
Ao contrário do que se costuma pensar, não basta só entender de moda para trabalhar como consultora de imagem: é feito um trabalho minucioso e personalizado, com base nas medidas, nos gostos, história e estilo de vida de cada pessoa. Depois de uma longa entrevista e um questionário sobre as preferências do cliente, as consultoras montam o que chamam de painel de referência, que contém desde cores e tonalidades que combinam com a pessoa até indicações de livros, pintura e arquitetura. Só então, depois de todas essas etapas, o armário do cliente é analisado e recomenda-se a doação de algumas peças, ajustes de outras e compras de roupas novas. Monta-se então alguns looks, como são chamados os visuais com combinações de peças, e tiradas fotos. Se o cliente optar, pode ainda ser feito um dossiê, com imagens de todo esse processo.
Silvia Beraldo, que abriu uma empresa do ramo com a sócia Alice Ciampolini há três anos, trabalhou no esquema home office desde o começo. Apenas agora, com uma cartela de clientes mais considerável, abriu um escritório. Ainda assim, as duas trabalham muito de casa. “O escritório tem uma função de profissionalizar mais as reuniões, mas passamos mais tempo trabalhando em casa, na residência dos clientes ou em lojas”, conta Silvia.
Tanto Silvia como Mara ressaltam que, nesse ramo, o negócio cresce mesmo é com a indicação. Mas Mara, quando começou, não teve dúvidas: mandou um e-mail para a toda rede de contatos avisando que passaria a se dedicar à consultoria de imagem.
Para quem quer começar nesse ramo, Silvia recomenda fazer um bom curso especializado. Como o público que requisita esses serviços possui, geralmente, uma renda mais elevada, cursos no exterior também são valorizados. “Quanto mais referência, melhor”, aconselha a consultora. Outra dica é ser membro da Associação Internacional de Consultoria de Imagem (AICI), que demonstra um diferencial de profissionalização na área, além de oferecer palestras e proporcionar encontros periódicos com outros profissionais da área.
Mara atua ainda em outra frente de negócios: a parceria com lojas e empresas. “Há empresas que contratam o consultor para readequar o uniforme de seus funcionários e também para vesti-los para um evento especial, como uma premiação”, conta Mara. Para as lojas de roupa ela oferece o serviço de palestras e consultoria, tanto para funcionários como para clientes.

Negócio Consultoria de imagem
Investimento inicial De R$ 2.500 a R$ 10.000 (curso especializado em consultoria de imagem)
Faturamento médio mensal R$ 1.800
Média mensal de vendas 1 trabalho
Preço médio de venda R$ 2.000 

Planejamento Financeiro - Orçamento Familiar

Orçamento Familiar - Economista dá dicas...

Escrever para não travar na prova

13/11/2011 - 17:00 - ATUALIZADO EM 13/11/2011 - 17:00
Pesquisadores da Universidade de Chicago encontraram a solução para os dias de prova na escola: escrever um texto sobre suas aflições 10 minutos antes do teste melhora seu desempenho
REDAÇÃO ÉPOCA
Jason Smith
Aluna faz prova: escrever antes ajuda a acalmar e melhora o desempenho
Você fica ansioso quando vai fazer uma prova? E isso atrapalha seu desempenho? Infelizmente, nas situações mais importantes, a performance das pessoas acaba sendo mais baixa do que suas capacidades; é como se elas sofressem um bloqueio. Mas um estudo da Universidade de Chicago, publicado na Sciencedo dia 14 de janeiro, deve ajudar a diminuir o nervoso na hora da prova. Os pesquisadores Ramirez e Sian Beilock mostraram que escrever um pouquinho sobre essa ansiedade minutos antes da prova contribui para diminuir a agonia dos alunos. Um breve texto feito 10 minutos antes do teste pode evitar bloqueios e melhorar a nota em até um ponto.

No exercício da escrita, os alunos descarregam suas ansiedades antes de fazer a prova e, portanto, liberam recursos intelectuais necessários para completá-la com sucesso – recursos normalmente tomados por preocupações em relação à própria prova.

Em uma pesquisa anterior, Beilock demonstrou que situações de pressão podem esgotar uma parte do cérebro conhecida como memória de trabalho. Essa memória é uma espécie de bloco de rascunho mental que permite que as pessoas "organizem" informações relevantes para a tarefa. Quando as preocupações são muitas, as pessoas normalmente usam a memória de trabalho para resolver os problemas e acabam por sobrecarregá-la. Assim, perdem parte da capacidade do cérebro para completar a tarefa – nesse caso, a prova. 
Experimentos 

Para provar essas idéias, Ramirez e Beilock recrutaram 20 estudantes universitários e deram a eles dois testes de matemática curtos. No primeiro, os estudantes só precisavam dar o melhor de si. Antes do segundo, os cientistas criaram uma situação de estresse: disseram que os estudantes que tivessem um bom desempenho receberiam dinheiro e que todos dependiam da melhora do desempenho do grupo – como forma de criar pressão entre os colegas. Eles também foram informados de que seu trabalho seria filmado, e que os professores de matemática assistiriam depois. Metade dos alunos receberam 10 minutos para escrever sobre seus medos e angústias sobre a prova (grupo da escrita), e a outra metade deveria permanecer sentada e quieta (grupo controle).

Jason Smith
Sian Beilock em seu labortório na Universidade de Chicago
O grupo da escrita teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo controle. "Os participantes que não escreveram tiveram uma queda de 12% do primeiro para o segundo teste, enquanto os alunos que expressaram seus pensamentos antes do teste de alta pressão tiveram uma melhora de 5%", escreveram os pesquisadores.

Em outro experimento, os pesquisadores mostraram que não era apenas o ato de escrever que ajudava os alunos. Na verdade, escrever sobre seus sentimentos em relação ao teste é que evitou que eles "travassem" na hora da prova.

Os pesquisadores também realizaram dois experimentos envolvendo estudantes de biologia no primeiro exame final de suas vidas no ensino médio. Pediram que eles escrevessem o texto seis semanas antes do exame final com o seguinte tema "Durante os testes, eu me pego pensando sobre as conseqüências do meu fracasso".

No outro experimento, minutos antes do exame final da biologia, alguns alunos deveriam escrever sobre seus sentimentos em relação à prova, e, outros, pensar sobre temas que não tinham a ver com ela. Quando os pesquisadores examinaram as notas dos alunos, descobriram que estudantes que não haviam escrito ficaram mais ansiosos e com nota menor, B-. Por outro lado, quem teve a oportunidade de escrever antes do exame teve uma performance tão boa quanto os colegas que normalmente não ficam ansiosos em testes – tiraram B+.

Mesmo que o professor não dê a chance aos alunos de escrever antes da prova, eles devem fazer isso de forma independente para melhorar seu desempenho. "Na verdade, achamos que esse tipo de escrita ajuda as pessoas a atingirem sua melhor performance em várias situações em que estão sob pressão: uma apresentação a um cliente, um discurso para uma platéia ou até mesmo uma entrevista de emprego", disse Beilock. "O bloqueio nos exames é um problema grave, uma vez que esse desempenho afeta futuras oportunidades acadêmicas", afirmou.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Você sabe qual é o melhor tipo de financiamento imobiliário?

Associação de Mutuários faz considerações sobre os prós e contras dos tipos de financiamentos imobiliários. 


São Paulo, SP - O levantamento do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) aponta que só no mês de maio (2011) foram comercializadas 2.380 unidades residenciais, o que representa alta de 22,1%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já de acordo com a pesquisa do Instituto Data Popular, 9,9 milhões de pessoas pretendem realizar o sonho da casa própria nos próximos meses. Mas, antes de fechar o negócio, é preciso ficar atento na escolha do financiamento, conforme recomenda a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa). 

“É importante que o futuro mutuário, ao comprar um novo bem, converse com sua família para definir a melhor forma de pagamento”, alerta o presidente da Amspa, Marco Aurélio Luz. Ele recomenda: “Para não correr risco, o ideal é não comprometer mais que 30% da renda mensal, além de ter um fundo de reserva”. 

Consórcio - Marco Aurélio Luz diz que uma das modalidades de financiamento imobiliário em crescimento é o sistema de consórcio. “No primeiro trimestre deste ano, foi registrado um aumento de 11,3% nas vendas das cotas, em relação ao ano de 2010, totalizando 57 mil unidades, como mostram os dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac)", lembra o dirigente.

“Porém – continua Luz, essa alternativa de financiamento tem suas vantagens e desvantagens. Os benefícios são: a possibilidade de usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar lances e receber a carta de crédito antes; o prazo para a liberação (varia entre 60 a 180 meses), que é menor se comparado a outros financiamentos, que chegam a 30 anos”.

Segundo o presidente da Amsp, alguns consórcios permitem que o consorciado dê o lance que ela própria, a empresa promotora do consórcio, cobre. O consorciado vencedor pagará o aporte feito pela empresa com parte do valor da carta de crédito. “Já os malefícios são: as taxas de administração e adesão, os seguros e o fundo de reserva, que pode comprometer em até 20% o valor das prestações". 

Quem optar pelo consórcio não deve ter pressa, recomenda Luz, porque tanto pode ser o primeiro a ser contemplado, como o último. “O futuro mutuário que anseia pelo primeiro imóvel próprio e opta por consórcio deve levar em conta que o valor da carta de crédito, quando esta for liberada, pode não ser suficiente para aquisição do bem desejado", lembra ele.

“Nesses casos, quando a valorização do imóvel resulta em que o crédito recebido é insuficiente para a consolidação da compra, o dono da propriedade terá que ter reservas próprias para completar o pagamento. Caso contrário, será forçado a comprar o imóvel em outro local não desejado, o que, às vezes, gera problemas sérios, por exemplo, com a questão da mobilidade”, explica, e reforça: “Por isso, consórcio é ideal para quem não tem urgência para adquirir o imóvel”.

Financiamento com a construtora - Outra opção para financiar um imóvel já pronto é ir direto à construtora. A modalidade, comenta Luz, é boa para quem adquirir o bem no valor acima de R$ 500 mil, e quer quitar as parcelas em pouco tempo. Para ele, a vantagem dessa escolha é a facilidade de negociação com o incorporador. Financiar direto com a construtora, opina o presidente da Amspa, também inclui a menor rigidez para conseguir a concessão do crédito e, no caso da impossibilidade de cumprir o contrato, "há certa facilidade para fazer um acordo".

“O problema desse tipo de financiamento está na cobrança dos juros, de 12% ao ano, mais o reajuste pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) após as chaves, que leva ao aumento considerável do preço final. Há também que considerar que a escritura será obtida somente quando houver a quitação total do financiamento”, ressalta Luz.

Luz comenta ainda que para contratar financiamento de imóvel direto com a construtora é preciso ter cautela, "pois, caso a empresa quebre antes da entrega das chaves, o comprador pode não conseguir recuperar o dinheiro".

“Antes da entrega das chaves, é importante quitar em torno de 30% do valor do imóvel. Para evitar os eventuais problemas com a construtora, também é importante criar a ‘Comissão de Representantes’ para fiscalizar o andamento da obra, ainda na planta. Caso aconteça a falência da incorporadora, o mutuário deve recorrer ao judiciário para receber indenização e multas, o que gira em torno de 50%”. 

Financiamento bancário – O presidente da Amspa comenta as modalidades de financiamento adotadas pelos bancos. Uma é a que se encaixa nas condições do Sistema Financeiro da Habitação (SFH); e outra a que é orientada pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Na análise de Luz, financiamentos pelas regras do SFH e do SFI são ideais para quem quer receber o imóvel de imediato, e não tem condições de pagar à vista, que é sempre a melhor escolha devido à ausência de juros.

“Na impossibilidade da compra à vista, a alternativa é comprar imóvel com preço inferior a R$ 500 mil, preferencialmente, pois este é o valor que se enquadra no SFH, com juros menores (até 12% ao ano) e sistema de amortização mais adequado”, opina Luz.

O dirigente diz que o SFH “dá mais fôlego” quando da ocorrência de atraso nos pagamentos das parcelas. “São três meses para conseguir resolver o problema de inadimplência com o agente financeiro. Já com o SFI, a perda da propriedade pelo não pagamento do imóvel acontece em 15 dias após a notificação do cartório, além da taxa de juros variar entre 13% a 15% ao ano”, diz.

O presidente da Amspa sugere que, antes de assinar o contrato desses tipos de financiamentos, o futuro mutuário verifique o quanto o valor das parcelas vai comprometer seu rendimento familiar. “O ideal é que não seja mais de 20% de sua renda, se essa for superior a R$ 10 mil. Quem tem ganhos entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, o limite da prestação deve ficar entre 11” e 15%” recomenda Luz, e aconselha: “Com renda menor que R$ 5 mil, não arrisque a assumir prestações superiores a 5% desse valor”. 

“Fica evidente que a escolha do financiamento depende muito do poder aquisitivo de cada um. É importante que o futuro proprietário do imóvel converse com sua família, levando sempre em conta as despesas fixas, como alimentação, educação, transportes, pagamentos de prestações, entre outros gastos. Caso contrário, o sonho de comprar a casa própria pode se tornar um tormento e acabar de vez com uma esperança”, completa o presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), Marco Aurélio Luz.

Quem tem dúvidas sobre financiamentos pode buscar esclarecimentos junto à Amspa.

domingo, 8 de maio de 2011

Inflação tem peso diferente para cada classe de renda


A representante de vendas Claúdia Bocault não precisou ver os números da inflação para apontar rapidamente o que tem aumentado de preço nos seus gastos. "Comer fora ficou mais caro", diz.


Com uma renda superior a dez salários mínimos por mês, ela afirma que o supermercado não é território do grosso das suas despesas. "Moro sozinha, não compro produtos básicos, como arroz e feijão. Mas percebi que a gasolina está ficando mais cara", conta.

Folha acompanhou três consumidoras, na última semana, em São Paulo. O objetivo era anotar o que, na lista de compras de cada uma delas, tinha subido de preço. A avaliação era feita pela própria consumidora, numa espécie de medição do que seria a sua inflação pessoal.
Bocault consome itens importados e percebeu que esses produtos, como vinho e azeite, estão mais em conta.

CARNE MAIS CARA

A atriz Elvira Roethig, 56, diz que sente o aumento dos preços no supermercado. A renda da família é inferior a R$ 3 mil mensais. Ela tem um consumo que se poderia chamar de racional. Compra o que acredita ser indispensável em casa. Mas só leva em maior quantidade o que percebe que está barato. "É um investimento." 
"Nos produtos básicos, como arroz, feijão e óleo, é melhor comprar da marca boa e comer pouco do que comer muito da marca ruim", opina. Nas despesas do mês, ela percebeu que os remédios para controlar a pressão ficaram mais caros.

A vendedora Angélica Santos, 30, mora sozinha em Barueri (SP). Todos os dias, pega ônibus e trem para chegar ao trabalho, na zona oeste de São Paulo. "Gasto muito com transporte e com aluguel. E os dois subiram", conta a vendedora. Integrante da classe D/ E, Angélica raramente come fora. Leva marmita para o trabalho. A carne sumiu do carrinho no ano passado. "Virei vegetariana, não faz falta", conta. Ela vai quase todos os dias ao mercado, atrás do melhor preço. "Ontem, eu olhei o macarrão instantâneo e não comprei. Estava caro. Hoje, achei mais barato e comprei".

quinta-feira, 10 de março de 2011

Universitários brasileiros no exterior

Estados Unidos, principal destino dos estudantes brasileiros

Quase 8.000 alunos cursavam graduação ou pós-graduação no país em 2009

As melhores universidades do mundo estão nos Estados Unidos. É isso o que atesta o ranking da publicação Times Higher Education. O país é também o destino mais procurado pelos brasileiros quando o assunto é o ensino superior. Segundo o relatório Education at Glance, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 7.586 brasileiros ocupavam os bancos das universidades americanas em 2009, em cursos de graduação e pós-graduação.
A segunda nação mais procurada pelos brasileiros é a França, que abriga 2.941 estudantes. Maria Elisa Serra, de 21 anos, é um deles. Depois de cursar o ensino médio no país, a paulista faz hoje o terceiro ano de psicologia na École des Psychologues Praticiens. "A França é fonte de muito conhecimento e muita cultura, e a exigência por aqui é muito grande", conta.
A Grã-Bretanha, outra nação cujas instituições de ensino superior se destacam no ranking daTimes, atrai menos brasileiros (1.269) e é apenas o sexto destino mais procurado por eles. Uma das possíveis explicações para esse quadro é que o país oferece menos facilidades para os estrangeiros, como bolsas de estudo. Confira os principais destinos a seguir.
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Ensino médio é passaporte para universidade no exterior




Você acha que as melhores universidades do mundo estão nos Estados Unidos?
Como você qualificaria as universidades do seu país? Estão no ranking acima?
Você já estudou ou gostaria de estudar/ter estudado no exterior? Por quê?