segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Clubes de compras coletivas "em linha"

Entenda os clubes de compras coletivas on-line
Com grandes descontos, os clubes de compras coletivas on-line atraem cada vez mais adeptos no Brasil. Saiba mais sobre essa modalidade de comércio eletrônico e confira como não perder as promoções nem os seus direitos.
DANILO CASALETTI

PELA INTERNET Os sites de compras coletivas ganham cada vez mais adeptos no Brasil
Deus ajuda quem cedo madruga

O velho ditado também vale para quem quer aproveitar as ofertas oferecidas pelos sites de compras coletivas. Os produtos ou serviços anunciados têm um número limitado de vendas, por isso, se dá bem quem chegar ou clicar primeiro. A modalidade virou um sucesso no Brasil e vem conquistando mais adeptos. Para conhecer esse “mundo de descontos”, o internauta deve ser cadastrado em algum site do tipo. As ofertas, além de anunciadas nas páginas dos clubes virtuais, são enviadas por e-mail, geralmente durante a madrugada. E tem de tudo: produtos de beleza, tratamento estéticos, roupas, acessórios, opções de lazer e entretenimento, viagens, restaurantes, etc.

Os sites de compra coletiva são uma boa opção para conseguir bons descontos, mas, como em toda relação de consumo, são necessários alguns cuidados para evitar dores de cabeça. O Procon ainda não tem um levantamento específico para os clubes de compras, mas a entidade já tem registrado algumas queixas, principalmente quanto ao prazo de entrega. O órgão também vem recebendo consultas sobre a idoneidade dessas empresas. Listamos precauções básicas que você deve tomar para aproveitar mais essa modalidade de comércio eletrônico, que não para de crescer no Brasil. 

Não compre por impulso “Já virou uma rotina para mim verificar as ofertas oferecidas pelos sites", diz a designer Zélia Torrezan, de 22 anos, adepta há seis meses desse tipo de promoção. A designer afirma que costuma dividir no Twitter ou em seu blog pessoal suas experiências no comércio eletrônico. O maior foco da jovem são os restaurantes e os produtos relacionados à estética. A compra por impulso, muito normal nesse tipo de promoções, já atingiu Zélia. Ela conta que já comprou um tratamento para os cabelos sem necessidade. “Era de um salão conhecido e o preço estava muito em conta. Acabei me arrependendo. Não foi o que eu esperava”, diz. 

Teste o serviço antes de investir pesado 
A estudante Natália Goltara, de 21 anos, diz que é cadastrada em pelo menos dez sites diferentes. “As compras on-line viraram parte do meu cotidiano. É tão simples e prático que dificilmente vou às lojas físicas”, afirma. Para evitar dor de cabeça, como demora em receber o produto ou decepção com o que foi adquirido, Natália diz que busca dicas de amigos e na própria Internet. A primeira compra foi feita por um valor bem baixo, apenas para testar o serviço. “Nunca tive nenhuma experiência ruim. Mas recomendo que as pessoas façam tudo com cautela”, diz. 

Fique atento às regras de cada site 
Comprar por Internet não é mais uma novidade. Mas, no caso dos clubes de compras coletivas, os consumidores precisam estar atentos às condições que cada site apresenta. Os sites de venda têm que seguir o Código de Defesa do Consumidor, como qualquer outra relação de consumo. Mas, há algumas particularidades. Por exemplo: é muito comum que uma determinada oferta só tenha validade se atingir um número mínimo de compradores. De acordo com Valéria Cunha, assistente de direção do Procon de São Paulo, não há nada de errado nessa prática, desde que o consumidor seja avisado previamente. “Obedecendo a essa regra, o consumidor não estará sendo induzido ao erro”, diz. O site também deve informar para o cliente que a compra não foi validada em função do pacote oferecido não ter atingido o número de compradores necessários. É importante também conferir o prazo de entrega do produto ou da validade dos cupons de desconto. 

Você tem sete dias para se arrepender 
Há uma condição do Código de Defesa que diz que, em compras feitas a distância, o consumidor tem um prazo de sete dias para se arrepender, cancelar a compra e receber o dinheiro de volta, inclusive o valor pago pelo frete. “Ele pode ter comprado por impulso ou perceber que o produto não é exatamente aquilo que foi demonstrado na imagem publicada na Internet”, diz Valéria Cunha, do Procon. Passados esses sete dias, caso o produto apresente algum defeito de funcionamento, a indicação é procurar o fabricante. 

A quem reclamar? 
Na maioria dos sites, o pagamento é efetuado integralmente para eles, que posteriormente repassam parte do valor para as empresas parceiras. Caso o consumidor tenha algum problema com o produto – como um eletrodoméstico, ele deve reclamar, de maneira geral, com quem vendeu a mercadoria. Para o caso dos descontos em restaurantes ou clínicas de estéticas – duas opções bastante procuradas pelos internautas – é preciso observar caso a caso. Se a pessoa passar mal ao ingerir determinado alimento, ela deve reclamar diretamente ao estabelecimento (restaurante). O intermediário só será responsável caso o consumidor não consiga agendar ou fazer uso do produto comprado. 

Clubes de compras comemoram o sucesso


EXPANSÃO Daniel Funis, diretor de marketing do GroupOn, diz que desafio é conquistar as principais cidades brasileiras
ClubeUrbano, que pertence ao GroupOn, grupo pioneiro desse tipo de serviço no mundo, está há pouco mais de quatro meses no país e já contabiliza dois milhões de usuários cadastrados. O Brasil já ocupa o quinto lugar no ranking dos países com maior receita do GroupOn, perdendo apenas para os Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido. 

“O Brasil surpreendeu. O grupo não esperava um crescimento tão rápido”, diz Daniel Funis, diretor de marketing do GroupOn. Durante esses quatros meses de operação por aqui, o site já anunciou cerca de duas mil ofertas e trabalhou com 1.400 empresas parceiras. 

Em breve, o ClubeUrbano vai virar definitivamente GroupOn Brasil. Na chegada do site ao Brasil, isso não foi possível, já que outro site do mesmo segmento havia registrado o domínio. Para Funis, o próximo desafio é expandir as operações para todas as principais cidades no país (eles estão em 22, atualmente). “As pessoas estão começando a entender agora o que é compra coletiva. É um momento de consolidação desse tipo de serviço. O mercado brasileiro tem muito potencial e nós vamos atrás disso”, diz. 



O que você opina sobre as compras coletivas?

Você já fez alguma compra assim ou conhece alguém que a tenha feito?

O que você acha das recomendações acima?




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